terça-feira, 27 de maio de 2008

Sobre o Vago

Um vago passeio pelo Shopping, desculpem o pleonasmo, e uma constatação: é o máximo de nossa civilização. Vitrines, chão limpo, pessoas educadas e até mesmo vendendores educados. Casa das cuecas, dos computadores, das camisas de engomadinhos e até gravatas encontram-se por ali. É o comum que comunista algum sonhou encontrar. Todos somos igualmente nulos e, vestidos iguais e com cortes de cabelo muito parecidos, almoçamos as mesmas caríssimas porcarias. Só há um problema com este acumulado: as lojas de sabonetes não respeitam os outros cheiros.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Brecht, o Bertolt

"O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."

- Bertolt Brecht
Bertolt Brecht nasceu em 10 de fevereiro de 1898 e morreu em 14 de agosto de 1956. O poeta e dramaturgo alemão conviveu com conflitos que marcaram uma época: as duas grandes guerras mundiais e o início da Guerra Fria.

Ao ler algumas pesquisas eleitorais que já circulam por alguns jornais, lembrei desta citação de Brecht que li há algumas semanas. Brecht não teve a oportunidade de presenciar as nobrezas da moderna política brasileira , acredito que seria um prato cheio para suas poesias e peças teatrais.

Enxergo em meu próprio país, e concordo que não sou ninguém para enxergar, uma completa dominância das vacas - bestas ruminantes, são animais estáticos e sem graça das quais as tetas são abusivamente expremidas por alguns fazendeiros donos do pasto.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Sobre Ênclises e Amor

Buscas Enclisiásticas

Busco-me
e busco-te
e busco-me
e pouco acho-me
e já não acho mais nada.


Ênclises são tão chatas.
Buscas, mais ainda.
Procurar-te-ei, então.

08/05/2008

Peço desculpas aos gramáticos.